8 de abr. de 2012



Explorar assuntos mais densos em cena foi uma grande novidade para Guilherme Berenguer. Em seu primeiro trabalho na Record, Guilherme pôde, finalmente, sentir o gosto de participar de uma trama realmente focada no público adulto. Tanto que, na pele do mocinho Francisco de Vidas em Jogo, novela que se encerra nesta segunda, dia 9, o ator discutiu temas como a mudança de valores que o dinheiro promove nas pessoas e até o que sente um pai ao descobrir que o filho nascerá com síndrome de Down.

"Essa novela me fez abordar questões que eu nunca tinha experimentado. Sentia falta disso", confessa. Mesmo assim, Guilherme assume que, até hoje, ainda é reconhecido por seu trabalho em Malhação, quando viveu o talentoso Gustavo, que cantava na Vagabanda, na temporada de maior sucesso da novela infantojuvenil da Globo. "Acho normal que ainda lembrem porque estouramos mesmo. Demos mais de 50 pontos de audiência, um número que hoje nem a novela das nove da Globo dá", valoriza.

Vidas em Jogo é uma novela policial e desde Bang Bang, em 2005, você não gravava cenas de ação. Essa proposta o seduziu?
 
Acho bacana dar essa agilidade e a Record já mostrou que sabe fazer sequências de ação muito bem. Mas o que eu gosto mesmo em Vidas em Jogo. é desse lado misterioso e investigativo que a trama tem. E também entrou em discussão como que as pessoas reagem ao poder aquisitivo, tudo a partir da ótica de personagens que saíram do zero e foram ao 100 rápido demais.

Na Globo, você estreou em Malhação e fez novelas das 18 e das 19 horas. Sentia falta de participar de uma história do horário nobre?
 
Eu sempre gostei das novelas que me chamaram para fazer, fui muito feliz trabalhando para esse público que assiste à tevê entre 17 e 19 horas. Sinto que esse meu primeiro trabalho na Record me apresentou de uma forma diferente. Acho que eu era visto como um garoto ainda, um pouco o Gustavo da Vagabanda da Malhação. Até porque, na verdade, eu sou garoto. Não gosto das coisas enquadradas demais. Fico feliz que as pessoas tenham me enxergado na pele de um cara como o Francisco, que teve uma vida sofrida e, ao longo da novela, passou conflitos de adulto. Ele teve sonhos de gente grande. Acho que isso foi bem legal porque as meninas que me curtiam em Malhação também cresceram, se casaram, algumas já são mães. Para você ter uma ideia, eu nunca tinha interpretado um pai. Vidas em Jogo me fez abordar questões que nunca tinha experimentado na televisão. E eu estava sentindo falta disso, sim.

Você estreou em Malhação e sua temporada foi a de maior sucesso. Como lidar com isso?
 
Tudo era muito novo e, ao mesmo tempo, motivador. Mas é verdade, estourei no primeiro trabalho. E eu sabia que a dificuldade seria não ficar parado depois. Meu caminho foi inverso, porque fiz sucesso em um horário no qual ninguém chamava tanta atenção. Chegamos a dar ibope que hoje a novela das nove não dá. Batemos 52 pontos comMalhação! Nunca fiz uma novela de horário nobre na Globo, que é faixa que dá mais destaque ao elenco. A minha projeção vem toda das 17 horas, isso é muito louco. Lembro que logo me escalaram para Bang Bang e eu sentia como se tivesse a obrigação de fazer um sucesso maior que antes. Ou, no mínimo, igual ao de Malhação.

Na Globo, você também atuou como apresentador. Pretende desempenhar essa função na Record?
 
Adoro falar diretamente para as pessoas. Por isso, curtia demais fazer o Globo Ecologia, que foi meu por três anos. Gosto de me comunicar e não tenho fobia a seres humanos, ao contrário. O programa me proporcionava uma grande realização pessoal, já que eu estava ali como um porta-voz de questões ambientais que são importantíssimas, como o desenvolvimento sustentável, o aquecimento global, a consciência e a educação ecológica. Todo esse debate é muito bacana.

Mas você já chegou a conversar com a direção da Record sobre ter um programa ou mesmo um quadro dentro de outro que já exista?
 
Não conversei com ninguém, mas já pensei nisso. Só que ainda não tenho um projeto claro na cabeça. Há alguns meses, cheguei a ler na imprensa o meu nome associado ao realityAmazônia, mas eu sempre soube que esse era um projeto para o Victor Fasano. Ele também apresentou o Globo Ecologia e é um cara realmente muito envolvido nessa questão. Não preciso ficar com algo nessa mesma linha, eu poderia vir com um game ou algo de variedades, entretenimento, comportamento, sei lá... Talvez um formato mais interativo. Vamos ver o que o futuro me reserva.

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