4 de abr. de 2012

João Vitor Palmeiras  (Foto: Jarbas Oliveira / Ag. Estado)

Não era segredo para ninguém: o Verdão viajou ao Ceará com a missão de vencer o Horizonte-CE por dois gols de diferença e eliminar o jogo de volta na segunda fase da Copa do Brasil. Sorte, então, que o time tem um jogador com o poder de decisão de Marcos Assunção. E, claro, uma ajudinha da “estrela” de seus coadjuvantes – na noite desta quarta, Leandro Amaro. No acanhado, porém lotado estádio Domingão, em Horizonte, o Verdão venceu por 3 a 1 – com dois gols do zagueiro e assistências do volante, e espantou o fantasma: está classificado para as oitavas de final da competição.
Embaixador do clube paulista no Ceará, no entanto, o ex-goleiro Marcos avisou que a Copa do Brasil não é a competição predileta do clube. E o resultado não veio com facilidade. O Domingão tinha tudo para deixar o Palmeiras em casa, mas se tornou um caldeirão no primeiro tempo. Mateus, surpreendeu, abriu o placar para o Horizonte e o Verdão sofreu para empatar. No segundo, no entanto, Maikon Leite entrou bem e o time mandante entrou no jogo dos visitantes – que, finalmente, souberam se impor.Agora, o Alviverde espera o vencedor do confronto entre Ceará e Paraná para conhecer o adversário nas oitavas – o primeiro jogo será na próxima quarta-feira, em Fortaleza. Antes disso, o time volta a campo neste domingo, mas pelo Paulistão: enfrenta o Guarani, às 16h, em Campinas. O Horizonte tem o próximo compromisso só na terça-feira, quando enfrenta o Guarany de Sobral-CE, às 20h20, pelo Campeonato Cearense.

Complicou? Manda no Assunção...
A festa armada em Horizonte, pequena cidade no interior do Ceará, para receber o Palmeiras foi grande. Uma queima de fogos digna de reveillon “incendiou” as torcidas minutos antes do apito inicial. Ao mesmo tempo, no entanto, uma mudança promovida pelo técnico Luiz Felipe Scolari deixou os palmeirenses um pouco ressabiados: com Maikon Leite no banco, o Verdão tentaria golear o Horizonte e eliminar a volta com somente um atacante: Hernán Barcos. João Vitor e Wesley começaram juntos no meio-campo.
Com a nova formação, o Palmeiras precisou de um tempo para se encontrar. No ataque, o time rondava a área horizontina, crente de que marcaria o gol a qualquer instante. João Vitor aparecia em todos os cantos do campo e, em duas cabeçadas, Daniel Carvalho passou perto de abrir o placar. Mas o time pagou caro pela demora em furar a defesa adversária. Aos 19 minutos, o Domingão foi ao delírio: João Paulo levantou bola na área, a zaga alviverde afastou mal e Mateus bateu de primeira na sobra, direto para o fundo da rede de Deola.
Quando o jogo complica, o Palmeiras entra num túnel do tempo e, automaticamente, parece voltar a 2011. Está difícil? A solução é buscar oportunidades em bolas paradas e rezar para que Marcos Assunção decida. Um minuto depois de sofrer o gol, o volante cobrou falta com perigo no travessão. Mas assim como na última temporada, o pé do capitão segue calibradíssimo. Cruzamento após cruzamento, o Verdão chegou perto do empate. Aos 34, em cobrança de escanteio do volante, Leandro Amaro subiu alto e colocou mais um gol na conta.
Ainda assim, o empate não tranquilizou a equipe e, mesmo pressionando, todo contra-ataque armado pelo Horizonte era um desespero no setor defensivo alviverde. Vanger, camisa 9 do time da casa, dava trabalho pela esquerda e “entortou” Cicinho e Leandro Amaro em diversos lances. Mas o problema dos times era o mesmo: as chances apareciam e não eram aproveitadas. No fim, o empate parcial foi justo.


Sem os reforços, vieram os gols 
O Verdão foi pressão total no início da segunda etapa. Ainda assim, só com Marcos Assunção o time chegava perto de marcar. Na primeira boa chance, o volante cobrou falta de longe e o goleiro Jefferson espalmou para escanteio. Contratado a peso de ouro, Wesley, mais uma vez, mostrava desentrosamento e pouco tocava na bola – logo no início, saiu para a entrada de Maikon Leite. O Horizonte também rondava a área alviverde, e Felipão tentava dar uma injeção de ânimo em sua equipe.
Barcos, outro reforço de peso, também fez partida apagada. Sem chances e bem marcado, deu lugar a Ricardo Bueno e saiu muito vaiado pela torcida local. Apesar das mudanças, o ritmo e a qualidade do jogo caíram. O Palmeiras seguia pressionando, mas as jogadas pelo meio batiam na zaga e o Galo do Tabuleiro também não aproveitava os contra-ataques deixados pelo Verdão. Mas, e quando complica?
Feliz com o empate, o Horizonte cumpria o objetivo de principal de levar a decisão para o jogo de volta. Mas deixava espaços, esperava ao adversário e entrava no jogo das “faltas cavadas” do Alviverde. Mais uma vez, aos 22 minutos, Assunção ajeitou uma delas com carinho. No cruzamento do capitão, Leandro Amaro (de novo) cabeceou e decretou a virada palmeirense. E, finalmente, a tranquilidade que o time precisava apareceu.
Na intermediária do Palmeiras, o Horizonte vacilou e entregou o contra-ataque. Ricardo Bueno tabelou com Maikon Leite e, na velocidade, o camisa 7 decidiu. Sozinho, recebeu a bola, invadiu a área e bateu colocado para tirar do alcance do goleiro. Belo gol. Na última oportunidade para os dono da casa, André bateu cruzado e Deola, sem jeito no lance, quase foi surpreendido. Nos descontos, Pedro Carmona ainda carimbou a trave em lance que poderia ter decretado a goelada alviverde no Ceará, mas o lance não comprometeu o time de Felipão. Sem os badalados reforços, mas com os operários de 2011, o Palmeiras está nas oitavas da Copa do Brasil. Sofrido, como sempre na competição nacional.


do globoesporte

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