10 de abr. de 2012


Imagine um jogo de futebol.
O Placar aponta 0×0
E a partida não foi das melhores.
Poucos chutes a gol.
Craques apagados em campo.
As torcidas já se preparam para ir embora.
Até que, no minuto final, ele chega.
O Inesperado.
O Imprevisível.
O Magnífico.
Um jogador rouba a bola na defesa.
Percorre todo o campo.
Dribla cinco adversários.
E, por fim, acerta um lindo chute da entrada da grande área.
Gol, gol, golaço!
Quem poderia imaginar que o jogo, fadado ao esquecimento, entraria para a Historia?!
***
Esta pode ser uma boa analogia de Vidas em Jogo.
A Novela, assim como o Jogo, parecia fadada a ser “mais uma”.
Cristianne Fridman, a artilheira do time, parecia ter perdido o pique demonstrado em Chamas da Vida, sua Obra anterior.
Até que, repentinamente, tudo mudou.
E o telespectador foi brindado com um dos mais surpreendentes finais de todos os tempos.
“Quem Matou?”
Resposta: Ninguém!
O “Palhaço” não era o símbolo da Morte, mas um artifício de Proteção.
A Trama pesada revelou-se leve.
Encravada entre espinhos, uma rosa desabrochou.
Vidas em Jogo, aos 45 do Segundo Tempo, entrou para a Historia.
Seu último capítulo foi (perdoem-me a redundância) um golaço
Cristiane roubou a bola da Mesmice.
Correu pelo campo da Ousadia.
Driblou os zagueiros do Previsíveis Futebol Clube.
E, por fim, chutou com maestria uma bola chamada Inovação.
Nem preciso dizer que ela acertou no ângulo… do coração de quem a assistia.
A torcida se surpreendeu!
Sentados (por longos 11 meses, aliás) numa arquibancada incômoda, todos foram obrigados a aplaudir.
Golaço, Cristianne.
Que venham outros por aí…


***
Alguns (ou todos) certamente comentarão sobre a Morte de Carlos.
Ao vê-la, minha avó chorou.
Minha tia se revoltou.
Meu cachorrinho ganiu. (Ele estava com fome)
Eu, pessoalmente, assenti.
O fim de Carlos foi triste, porém fundamental.
Wellington foi longe demais e um Happy End prejudicaria a Essência de seu Personagem:
Crack pode ser um caminho sem volta.
Com ele, boas intenções não bastam.
E toda força de vontade é pouca.
Infelizmente, a Cura necessita de um combustível. E, no caso de Wellington, foi a Tragédia.
Ele precisou ver a Morte para, enfim, abraçar a Vida.
***
“243 Capítulos e só o último foi bom?”, dizem muitos.
A esses, resta a pergunta:
Será que um Golaço não vale o valor do Ingresso?
***
Na cena final, não foi a personagem Marizete quem discursou.
As palavras (e lágrimas) eram da atriz Betty Lago.
Os aplausos também eram dela.
Muitos dizem “Força, Betty!”
Eu, porém, ouso mudar o tom do discurso:
“Fraqueza, Betty!”
Admita ser fraca e permita que Cristo seja a sua Força.
Afinal de contas, há certos Combustíveis que nosso minúsculo ser não é capaz de produzir…
***
Voltando ao campo, gosto de imaginar como Cristianne comemoria seu golaço.
Acho que ela saltaria as placas de publicidade.
Correria para a câmera mais próxima.
E gritaria, em alto e bom som:
FOM FOM!

do Arthur Vivaqua do: http://tvfoco.pop.com.br/

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